Max Immelmann (1890-1916) e Oswald Boelcke (1891-1916) foram os primeiros heróis aéreos alemães da Primeira Guerra Mundial, uma vez que varreram dos céus aviadores aliados, com suas aeronaves Fokker E.III.
No processo, descobriram algumas verdades básicas que governavam o combate aéreo e que iriam guiar gerações de pilotos de aviões de combate ainda por nascer.
Conhecido como “a Águia de Lille”, por causa de seu sucesso naquele setor, Immelmann (15 vitórias) dominava a tática aérea, e seu nome iria sobreviver numa manobra de acrobacia aérea usada até hoje.
Sua morte numa batalha aérea de curta distância, em junho de 1916, assinalou o fim não-oficial do flagelo Fokker.
Oswald Boelcke reivindicou a primeira vitória num monoplano Fokker. Analista sagaz do combate aéreo, ele desenvolveu uma série de regras que tornariam possível a seus jovens seguidores sobreviverem:

  • Sempre que possível, ataque por cima e por trás;
  • Tente atacar vindo do sol;
  • Não atire até que esteja perto do inimigo e o tenha enquadrado na sua mira;
  • Ataque quando o inimigo menos espera, ou quando ele estiver preocupado com outras tarefas;
  • Nunca fuja de um ataque: dê a volta e o enfrente de frente;
  • Mantenha o olho no inimigo e não se deixe ludibriar. Se uma aeronave parece estar fatalmente danificada, siga-a até o solo para ter certeza disso;
  • Atos tolos de bravura levam à morte. Obedeça sempre aos sinais do líder.

Com 40 vitórias a seu crédito, Boelcke resumiu sua filosofia numa discussão com seu aluno mais talentoso, Manfred von Richthofen (que ficou conhecido mais tarde como Barão Vermelho e cujo triplano aparece na ilustração acima). Boelcke explicou: “Eu vôo perto do meu alvo, miro cuidadosamente, atiro e, então, é claro, ele cai.”
O padrão estava configurado. Os aviadores se destacariam como os mais celebrados heróis da guerra. E não seriam esquecidos…

FONTE: Livro “ASAS, uma história da aviação: das Pipas à era Espacial” – Tom D. Crouch – Ed. Record