Performance de aeronaves. (Parte 2).

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Motor crítico - É aquele no avião em que na ausência de seu funcionamento, proporcionará as piores condições de controbilidade no mesmo, em virtude do efeito assimétrico que ocasionará. Nos aviões cujos motores giram no sentido horário para as pessoas que os estão observando do interior da aeronave, o motor crítico será aquele situado na asa esquerda, pois normalmente há uma tendência do avião sair para a esquerda na decolagem devido ao torque do motor, e que na falha do motor esquerdo, esse torque se tornará aumentado devido a tração existir apenas na asa direita, enquanto na asa esquerda teremos apenas arrasto, o que fará com que o avião apresente tendência acentuada de guinar para a esquerda.


VMCG - (Velocidade mínima de controle no solo): É a menor velocidade onde o controle consegue manter o controle positivo do avião, durante a decolagem, através das superfícies de controle aerodinâmicas, com o motor crítico inoperante e os demais em potência de decolagem.

VMCA - (Velocidade mínima de controle aerodinâmica):É a menor velocidade onde o multimotor pode ser controlado, com motor crítico inoperante e os outros na potência de decolagem, e ainda executar curva com inclinação máxima de 5 graus para o lado do motor em pane. Para o cálculo desta velocidade são levados em consideração os seguintes fatores: CG (centro de gravidade) na posição mais desfavorável, trem de pouso recolhido, flapes e compensadores na posição de decolagem.


V1 - (Take-off decision speed): É a velocidade na qual, durante a decolagem, se identificar a falha no motor crítico, o piloto deve escolher entre:

1- Continuar a decolagem, sendo que neste caso sairá da RWY e atingirá 35ft de altura sobre a cabeceira oposta, porém ainda dentro da Clearway, ou

2- Interromper a decolagem e ainda parar dentro da Stopway.

A V1 é tão somente a velocidade máxima para se interromper uma decolagem ou a velocidade mínima para completá-la, porém, sempre que possível, decida por abortar a decolagem.

A V1 nunca poderá ser menor que a VMCG.




VR -(Velocidade de rotação): é a velocidade onde o piloto gira o avião em torno do eixo transversal (Roda o avião, levantando o nariz), para decolar no menor espaço, a fim de atingir a V2 a 35ft de altura. Entretanto, a VR deve respeitar os seguintes míninos:

- Ser acima de 1,05 da VMCA.
- Ser acima da V1.

VLOF - (Lift off Speed): É a velocidade no instante em que o avião sai do solo, ou velocidade de despegue, ocorre logo após a VR.

V2 - (Velocidade segura de decolagem e subida): É a velocidade que o avião deve atingir a 35ft sobre o nível da RWY, com motor crítico inoperante. A V2 deverá respeitar os seguintes mínimos:

- 1,1 maior do que a VMCA.
- 1,2 maior do que a velocidade de estol.

VS - (Velocidade de estol): É a menor velocidade que um avião consegue manter vôo horizontal com potência mínima. Varia em função do flape, peso e posição do CG. Se divide em dois tipos, para facilitar o estudo:

-VS0: Para configuração de pouso.
-VS1: Para outras configurações.



VREF - (Velocidade de referência): É a velocidade na aproximação final onde o avião cruza a cabeceira da pista a uma altura mínima de 50ft. Depende do peso da aeronave e da posição do flape e não poderá ser menor que 1,3 da velocidade de estol.

VMBE - (Velocidade máxima para frenagem): É a velocidade máxima que se pode iniciar a frenagem sem exceder a capacidade do sistema de freios e pressão das rodas. É determinada pelo fabricante.

VB - (Velocidade máxima de penetração em turbulência): É a maior velocidade que um avião pode entrar em turbulência severa, sem ultrapassar o fator carga limite do avião, constante no seu manual.

VRA - (Rough air speed - velocidade em ar turbulento): É a velocidade recomendada para o vôo em turbulência.


Olá pessoal, aqui está a minha segunda postagem, Performance parte 2. Espero que gostem e a minha próxima postagem será sobre peso e balanceamento e segmentos de decolagem. Forte abraço a todos vocês e bons vôos. Jonas Dallaglio.

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